sexta-feira, 28 de novembro de 2008


Zonas de Vida em Água Doce





Vivemos num Planeta Azul, é certo, mas apenas 0,007 por cento da água que o cobre assegura a sobrevivência da humanidade. Cada vez há mais gente. Cada vez se gasta mais e se polui mais. Cada vez há menos biodiversidade. Não admira que a ONU considere a gestão de tão escasso recurso um desafio vital para o mundo. E tenha declarado 2003 o Ano Internacional da Água Doce.

O relatório da ONU avisa: "A água tem de ser encarada como um dos maiores desafios que o mundo enfrenta. É tão importante como as alterações atmosféricas, a desflorestação, a defesa da biodiversidade e a desertificação, tudo questões relacionadas com a gestão da água. Uma grande parte das tendências negativas levarão anos a inflectir, pelo que se torna imperativo que as acções destinadas a iniciar essa inflexão comecem imediatamente." Resta saber se os grandes do mundo estarão à altura da grandeza do desafio.

Os ecossistemas que a água doce sustenta são dos mais ameaçados e dos mais importantes em termos de biodiversidade. Por exemplo, garantem a sobrevivência de 12 por cento das espécies animais existentes. Mas mais de 20 por cento das dez mil espécies de peixes de água doce extinguiram-se ou estão em risco de extinção ao longo das últimas décadas.



Lagos




Depressões do solo produzidas por causas diversas e cheias de águas confinadas, mais ou menos tranqüilas, pois dependem da área ocupada pelas mesmas. As formas, as profundidades e as extensões dos lagos são muito variáveis. Geralmente, são alimentados por um ou mais 'rios afluentes'. Possuem também 'rios emissários', o que evita seu transbordamento

Os lagos podem ser originados de diferentes maneiras: pelos movimentos da terra (lagos tectônicos), por formações vulcânicas (lagos vulcânicos), pelo deslocamento das geleiras (lagos glaciais) ou quando a água fica em uma zona de depressão e não vai diretamente para o mar. Quando um lago nasce o chamamos de "lago jovem". Com o passar do tempo, inicia-se uma etapa de envelhecimento, que se acentua na medida em que nele se depositam sedimentos. Tal processo culmina no desaparecimento do lago e o surgimento de um pântano, que finalmente se converte em uma zona florestal.



De acordo com a produtividade, os lagos podem ser classificados como lagos oligotróficos e lagos eutróficos. Os primeiros geralmente têm sua origem a partir das geleiras, apresentam baixa produtividade, grande profundidade e altas concentrações de oxigênio em suas camadas inferiores. Já os lagos eutróficos são mais produtivos, ricos em flora e fauna e têm baixas concentrações de oxigênio em suas camadas profundas, sobretudo no verão.




AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS LAGOS SÃO AS SEGUINTES:




  • São importantes formadores do solo;

  • Armazenam grandes quantidades de água;


  • São um recurso natural produtivo;

  • São uma zona de mitigação nas áreas de inundações;

  • Representam um habitat com uma grande variedade de espécies de animais e plantas;

  • Fornecem água doce a plantas, animais e aos seres humanos;

  • Retêm nutrientes;

  • Regulam os microclimas próximos a eles.


RIOS


Na primeira visita aos rios da floresta tropical, os visitantes ficam frequentimente maravilhados pelo tamanho e abundância. Ainda mais perplexo é a capacidade de rios tropicais se juntarem á outros grandes rios, formando gigante ilhas que podem ser facilmente confundidos com o continente. Por vezes é quase impossível de se distinguir a principal confluência do rio.


Fotos aéreas dos rios tropicais revelam outro aspecto curioso: o curso sinuoso. Um rio gira e dá voltas e, às vezes dá uma volta de quase 180 graus voltando a si mesmo. A falta de declividade e solos de argila de muitas regiões tropicais permitem aos rios ter praticamente rédeas da sua direção.



O volume de água que flui nas florestas tropicais, junto dos solos e variados níveis de água, pode criar lindas cachoeiras mais de 100 metros de altitude, mesmo níveis regulares de águas. Estes bancos de argila constituem uma parte importante da ecologia local, em partes da Amazônia. Centenas de araras se reunem sobre esses bancos para ingerir minerais que se ligam e detoxicam os produtos químicos dos frutos que consomem.




Com seu enorme volume, grandes rios como o Amazonas transportam enormes quantidades de madeira e detritos. É comum ver gigante troncos e árvores passando, embora as vezes naturais jangadas, com árvores e animais, e algumas vezes tendas, são vistos flutuando. Freqüentemente a navegação do rio é complicada por enormes madeiras que se formam em canais fluviais impedindo o fluxo do rio. O Rio Madeira, um importante afluente do Amazonas, recebe o seu nome devido à grande quantidade de madeira que flutuam no rio. Estes obstáculos de madeiras, juntamente com madeiras afundadas, fornecem um habitat crítico para os peixes e outros animais aquáticos.



Córregos e Riachos



Córregos e riachos tropicais são ainda mais variáveis do que rios tropicais e pode mudar de um leito quase seco à uma correnteza com média de 30 pés de profundidade em uma questão de horas durante uma forte tempestade chuvosa. Pequenos córregos e riachos são muitas vezes invisíveis, por via aérea, porque o fluxo corre embaixo do dossel da floresta. Apesar de insignificantes, estas vias navegáveis hospedam uma espantosa variedade de vida animais. Riachos são comuns na floresta e fornecem um importante nicho para determinados peixes, anfíbios, e espécies de insetos além de proporcionar uma importante fonte de água para outros habitantes terrestres das florestas.

Alguns destes riachos, especialmente nas várzeas da Amazônia, podem ser surpreendentemente profundos. O barro substrato ajuda esses riachos manterem sua forma parecem desafiar as leis da física.

Referências:

http://www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EEFlpAZkkkSokVkvdQ
http://www.micromacro.tv/saber_mais_agua-07.htm

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