terça-feira, 2 de dezembro de 2008


Montanha ou monte (do latim montanea, de mons, montis) é um acidente geográfico. A uma sequência de montanhas chama-se cordilheira. Uma montanha tem imponência e altitude superiores a uma colina, embora não exista uma altitude específica para essa diferenciação. Assim, cada autoridade no assunto assume valores convenientes, embora a montanha seja tipicamente escarpada, de grande inclinação e com sobreposição de relevos.

A superfície do planeta Terra é 24% montanhosa; 10% da população mundial vive em terreno montanhoso. A maior parte dos grandes rios nascem em montanhas. Elas se destacam por apresentar altitudes superiores às das regiões vizinhas. As montanhas mais elevadas resultam de dobramentos, isto é, de forças internas que provocaram enormes dobras nas rochas.

Tanto nos continentes como nos oceanos, existem montanhas de dobramentos. São as montanhas jovens ou típicas, que se formaram no período Terciário. Podemos citar como montanhas de dobramentos: os Alpes, na Europa, os Andes, na América do Sul, as montanhas rochosas da América do Norte e o Himalaia, na Ásia. As montanhas mais velhas e mais baixas também são resultados de dobramentos, mas foram muito erodidas e, consequente rebaixadas ao longo dos anos.

Existem outros tipos de montanhas: as montanhas vulcânicas, originárias de vulcões, e as montanhas constituídas por blocos falhados, isto é, por áreas que sofreram dobramentos e rupturas ou falhas nas rochas, tendo uma parte ficado erguida acima da outra. O ponto culminante de uma de uma montanha é denominado cume ou pico.


Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Montanha


Por Thiago Costa










A Vida Marinha


CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS MARINHOS

As condições do ecossistema marinho não variam muito; nela as condições são relativamente constantes, principalmente, na temperatura. A água esfria e esquenta mais devagar que os solos; assim a temperatura é mais constante no mar que na terra.

Outros fatores também que são importantes: a salinidade e a penetração de luz, por exemplo.

A salinidade corresponde ao teor de sais dissolvidos na água, é determinada pela concentração de cloreto de sódio (o sal de cozinha). A salinidade em mar aberto, longe do litoral, é mais ou menos constante, com o valor em torno de 35 partes de sal por mil partes de água. Nas regiões próximas da costa, onde rios desembocam no mar, a salinidade é mais baixa.

A profundidade dos oceanos aumenta à medida que nos afastamos da costa. Com isso, a penetração de luz nos mares não é igual em todas as profundidades. A luz penetra nas camadas mais superficiais - Região Fótica-, e não atinge as mais profundas - Região Afótica.

É comum na região afótica o fenômeno da biolunimescência, que consiste na produção e emissão de luz pelos organismos. Muitos peixes da região afótica apresentam áreas do corpo onde se verifica a bioluminescência. Com isso, conseguem atrair presas para sua alimentação ou atrair outros indivíduos da mesma espécie na época da reprodução.

As marés são fenômenos cíclicos que determinam, ao longo do dia, variações no nível do mar. Essas alterações são evidentes nas praias, onde se pode notar que na maré baixa grande extensões de praia ficam expostas, enquanto na maré alta essas regiões ficam recobertas pela água do mar.

Essas regiões da praia, ora descoberta, ora coberta pela água do mar são denominadas regiões extremares. Elas são muito ricas em organismos, principalmente nos costões rochosos. Os organismos que vivem nesses locais têm adaptações especiais para evitar a perda da água durante os períodos de maré baixa, em que fica exposto ao ar.

A região que nunca fica exposta pela maré, estando sempre recoberta pela água do mar, é chamada de infralitoral.

Os organismos marinhos são classificados em três grandes grupos

Bentos: contato com o substrato, isto é, o fundo dos mares. Alguns são fixos, como as esponjas, são organismos que vivem em os corais, e algumas algas. Outros podem se deslocar sobre o substrato, como as estrelas-do-mar, os caranguejos e as baratinhas-da-praia (Lígia). Ao observarmos um costão rochoso, os organismos que vemos os bentônicos.

Plâncton: são organismos que vivem em suspensão na água, sendo carregados pelas correntes marinhas. Esses organismos, algas e animais, são geralmente pequenos. Os animais planctônicos podem apresentar deslocamento na coluna de água, mas não conseguem nadar contra as correntes, sendo carregados por elas.

Nécton: são organismos capazes de nadar ativamente e superar a força de muitas correntes marinhas. Estão representados pelos peixes, baleias, golfinhos, lulas, dentre outros.


Água

A água é um elemento essencial para a vida das plantas e dos animais sobre a superfície do planeta, sendo, além disso, extremamente importante para a manutenção do clima da Terra.
Embora seja um recurso natural renovável, a água deve ser tratada com muito cuidado, pois os gastos excessivos e indiscriminados, aliados à poluição, poderão causar sérios transtornos no abastecimento futuro.
Quando se observam os grandes reservatórios naturais de água (rios, lagos, oceanos), depara-se com a existência de uma grande variedade de animais, desde grandes mamíferos aquáticos até os minúsculos protozoários, que constituem a fauna aquática. Os vegetais encontrados nos reservatórios de água são algas, que apresentam variados tamanhos. Grupamentos de grandes algas podem até mesmo dificultar a navegação. As algas minúsculas formam o fitoplâncton, importante fonte de renovação de oxigênio atmosférico, fundamental para a vida terrestre.
Os ecossistemas aquáticos fornecem grande parte dos alimentos que abastecem a humanidade, tornando cada vez maior a importância das águas como fonte de alimentação futura do homem.
O consumo de água no
mundo está aumentando de maneira muito veloz, principalmente pelo crescimento das necessidades de refrigeração industrial. O acesso à água potável está se tornando cada vez mais difícil, principalmente causado pela contaminação provocada pelo homem nas suas mais diversas formas.

A VIDA NOS MARES

São muitas as espécies de aves que exploram o mar para sobreviverem. As aves marinhas costeiras como os atobás, tesourões, gaivotões e algumas espécies de trinta-réis podem ser encontradas em nosso litoral durante todo o ano e nidificam em ilhas próximas da costa.

http://www.coladaweb.com/personalidades.htm

Por Clayrton Martins

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Gases na atmosfera: o efeito estufa natural



A atmosfera da Terra é constituída de gases que permitem a passagem da radiação solar, e absorvem grande parte do calor (a radiação infravermelha térmica), emitido pela superfície aquecida da Terra. Esta propriedade é conhecida como efeito estufa. Graças a ela, a temperatura média da superfície do planeta mantém-se em cerca de 15°C. Sem o efeito estufa , a temperatura média da Terra seria de 18°C abaixo de zero, ou seja, ele é responsável por um aumento de 33°C. Portanto, é benefício ao planeta, pois cria condições para a existência de vida.

Quando se alerta para riscos relacionados com o efeito estufa, o que está em foco é a sua possível intensificação, causada pela ação do homem, e a conseqüência dessa intensificação para o clima da Terra. A hipótese da intensificação do fenômeno é muito simples, do ponto de vista da física: quanto maior for a concentração de gases, maior será o aprisionamento do calor, e conseqüentemente mais alta a temperatura média do globo terrestre. A maioria dos cientistas envolvidos em pesquisas climáticas, está convencida de que a intensificação do fenômeno em decorrência das ações e atividades humanas, provocará esse aquecimento. Uma minoria discorda disso e indaga em que medida esse aquecimento, caso esteja ocorrendo, se deve ao efeito estufa, intensificado pela ação do homem. Sem dúvida, que as descargas de gases na atmosfera por parte das indústrias e das frotas de veículos, contribuem para aumentar o problema, e naturalmente ainda continuarão a ser objeto de muita discussão entre os cientistas e a sociedade.

A causa fundamental de todas as situações meteorológicas na Terra é o Sol e a sua posição em relação ao nosso planeta, não devendo entender-se por isto as variações estacionais que ocorrem ao mesmo tempo que a Terra progride na sua órbita anual. A energia calorífica fornecida pelo Sol afeta diretamente a densidade do ar (o ar quente é mais leve do que o ar frio), provocando assim todos os gradientes de pressão importantes que causam o movimento do ar numa tentativa para minimizar a distribuição deles. O movimento constante da atmosfera depende, assim, do balanço de energia, fator que temos de considerar sob dois aspectos: o balanço, ou "orçamento", entre a Terra e o espaço, porque este determina a temperatura média da atmosfera, e o balanço, ou "orçamento", no seio da atmosfera em si, porque este é a causa fundamental das condições meteorólgicas.


Referências:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufa

Visitado 28/11/2008 às 22:17


Água doce e limpa: de "dádiva" à raridade


Estudiosos prevêem que em breve a água será causa principal de conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se consideraram dotados de fontes inesgotáveis, vêem algumas de suas cidades sofrerem falta de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo.

Outro foco de dificuldades é a distância entre fontes e centros consumidores. É o caso da Califórnia (EUA), que depende para abastecimento até de neve derretida no distante Colorado. E também é o caso da cidade de São Paulo, que, embora nascida na confluência de vários rios, viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes próximas e tem de captar água de bacias distantes, alterando cursos de rios e a distribuição natural da água na região. Na última década, a quantidade de água distribuída aos brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%) e o desperdício ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos.



Disponibilidade e distribuição

Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões do País.

O Brasil concentra em torno de 12% da água doce do mundo disponível em rios e abriga o maior rio em extensão e volume do Planeta, o Amazonas. Além disso, mais de 90% do território brasileiro recebe chuvas abundantes durante o ano e as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma extensa e densa rede de rios, com exceção do Semi-Árido, onde os rios são pobres e temporários. Essa água, no entanto, é distribuída de forma irregular, apesar da abundância em termos gerais. A Amazônia, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do País tem disponível 6% do total da água.

Mesmo na área de incidência do Semi-Árido (10% do território brasileiro; quase metade dos estados do Nordeste), não existe uma região homogênea. Há diversos pontos onde a água é permanente, indicando que existem opções para solucionar problemas socioambientais atribuídos à seca.


Qualidade comprometida


A água limpa está cada vez mais rara na Zona Costeira e a água de beber cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem sendo usada: com desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades -, e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola, que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental e da água.
Nas cidades, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada – que atinge regiões de mananciais. Na zona rural, os recursos hídricos também são explorados de forma irregular, além de parte da vegetação protetora da bacia (mata ciliar) ser destruída para a realização de atividades como agricultura e pecuária. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam por poluir a água. A baixa eficiência das empresas de abastecimento se associa ao quadro de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos e vazamentos atingem entre 40% e 60%, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto gerado. O saneamento básico não é implementado de forma adequada, já que 90% dos esgotos domésticos e 70% dos afluentes industriais são jogados sem tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas, o que tem gerado um nível de degradação nunca imaginado.


Alternativas

A água disponível no território brasileiro é suficiente para as necessidades do País, apesar da degradação. Seria necessário, então, mais consciência por parte da população no uso da água e, por parte do governo, um maior cuidado com a questão do saneamento e abastecimento. Por exemplo, 90% das atividades modernas poderiam ser realizadas com água de reuso. Além de diminuir a pressão sobre a demanda, o custo dessa água é pelo menos 50% menor do que o preço da água fornecida pelas companhias de saneamento, porque não precisa passar por tratamento. Apesar de não ser própria para consumo humano, poderia ser usada, entre outras atividades, nas indústrias, na lavagem de áreas públicas e nas descargas sanitárias de condomínios. Além disso, as novas construções – casas, prédios, complexos industriais – poderiam incorporar sistemas de aproveitamento da água da chuva, para os usos gerais que não o consumo humano.

Após a Rio-92, especialistas observaram que as diretrizes e propostas para a preservação da água não avançaram muito e redigiram a Carta das águas doces no Brasil. Entre os tópicos abordados, ressaltam a importância de reverter o quadro de poluição, planejar o uso de forma sustentável com base na Agenda 21 e investir na capacitação técnica em recursos hídricos, saneamento e meio ambiente, além de viabilizar tecnologias apropriadas para as particularidades de cada região.



A água no mundo

A quantidade de água doce no mundo estocada em rios e lagos, pronta para o consumo, é suficiente para atender de 6 a 7 vezes o mínimo anual que cada habitante do Planeta precisa. Apesar de parecer abundante, esse recurso é escasso: representa apenas 0,3% do total de água no Planeta. O restante dos 2,5% de água doce está nos lençóis freáticos e aqüíferos, nas calotas polares, geleiras, neve permanente e outros reservatórios, como pântanos, por exemplo.

Se em termos globais a água doce é suficiente para todos, sua distribução é irregular no território. Os fluxos estão concentrados nas regiões intertropicais, que possuem 50% do escoamento das águas. Nas zonas temperadas, estão 48%, e nas zonas áridas e semi-áridas, apenas 2%. Além disso, as demandas de uso também são diferentes, sendo maiores nos países desenvolvidos.

O cenário de escassez se deve não apenas à irregularidade na distribuição da água e ao aumento das demandas - o que muitas vezes pode gerar conflitos de uso – mas também ao fato de que, nos últimos 50 anos, a degradação da qualidade da água aumentou em níveis alarmantes. Atualmente, grandes centros urbanos, industriais e áreas de desenvolvimento agrícola com grande uso de adubos químicos e agrotóxicos já enfrentam a falta de qualidade da água, o que pode gerar graves problemas de saúde pública.


Referências:


http://www.socioambiental.org/esp/agua/pgn/

Montanhas


As regiões montanhosas não são verdadeiros Biomas, mas têm um efeito considerável no clima, vegetação e fauna da região. Nestas zonas existe uma tendência para haver uma rápida sucessão de comunidades, à medida que a altitude aumenta. A altitude tem um efeito semelhante ao da latitude, definindo bandas de comunidades idênticas, mas mais estreitas. Assim, por exemplo, a Tundra ou a Floresta Boreal podem ser encontradas na região de Floresta Temperada.

Ambientes aquaticos



Regiões e organismos presentes em um ambiente aquático
Podemos dividir o lago em região litorânea ou marginal, região limnética e região profunda.

A região litorânea está em contato direto com o ecossistema terrestre, representando uma região de transição entre a terra e a água.
A região limnética também é chamada de pelágica, e é onde encontra-se o plâncton e o nécton. O plâncton é o conjunto de todos os seres vivos suspensos, flutuantes ou com pouco movimento, e que são levados passivamente pelos movimentos da água. Dentro do plâncton encontra-se:
O fitoplâncton - são os organismos autotróficos, representados pelas algas uni e pluricelulares.
O zooplâncton - são organismos heterotróficos representados principalmente pelos microcrustáceos.
O protozooplâncton - são organismos heterotróficos representados principalmente pelos protozoários.
O bacterioplâncton - são organismos principalmente quimioheterotróficos e quimioautotróficos, e são representados pelas bactérias.
O nécton - são os organismos que nadam ativamente, independente do deslocamento das correntes, pela região pelágica.
A região profunda é caracterizada pela ausência de organismos fotoautotróficos. É formada pela comunidade bentônica, que são organismos que vivem fixos ou se arrastam pelo sedimento, como exemplo as algas e as esponjas.

Os microrganismos apresentam papel fundamental como agentes do processo de DECOMPOSIÇÃO nos ambientes aquáticos. As transformações da matéria orgânica que ocorrem através do metabolismo microbiano são fundamentais para a dinâmica dos ciclos de nutrientes e para o fluxo de energia dos ecossistemas aquáticos. O estágio inicial do processo de decomposição da matéria orgânica envolve a ação enzimática. Neste processo, as enzimas liberadas pelos microrganismos (bactérias e fungos) quebram as moléculas maiores em moléculas cada vez menores. Este processo pode ser realizado tanto na presença quanto na ausência de oxigênio. Os microrganismos, além de decompor a matéria orgânica, servem de alimento para outros seres vivos, sendo importantes também na rede alimentar na natureza. Rede ou cadeia alimentar pode ser definida como uma série de organismos em que cada um é alimento para o organismo seguinte. Um exemplo no ambiente aquático é: o fitoplâncton serve de alimento para o zooplâncton, que por sua vez são comidos por pequenos peixes, os quais servem de alimento para peixes maiores e assim por diante.

Em todos os ambientes aquáticos (mares, rios, lagos, etc.) vivem vários tipos de organismos que dependem uns dos outros, e também das condições do ambiente como luz, temperatura e nutrientes. Em ambientes naturais, estes organismos vivem em equilíbrio. No entanto, a ação do homem pode afetar estes ambientes, desequilibrando-os com o despejo de esgotos, substâncias tóxicas, petróleo, detergentes etc.
OS MICRORGANISMOS E A BIORREMEDIAÇÃO
A biorremediação se refere ao uso dos microrganismos para desintoxicar e degradar os poluentes no ambiente. O derramamento de petróleo, por exemplo, é um desastre ecológico dramático. Assim, estudos vêm sendo desenvolvidos com as bactérias para que as mesmas possam degradar diferentes tipos de produtos fabricados e introduzidos no ambiente pelo ser humano.
OS MICRORGANISMOS E A EUTROFIZAÇÃO
A eutrofização refere-se ao acúmulo de nutrientes na água. Este processo causa o desequilíbrio ecológico, e mata numerosos organismos através de uma seqüência de acontecimentos. Esta seqüência é: proliferação e morte das algas, proliferação das bactérias aeróbias, queda na taxa de oxigênio da água, morte dos organismos aeróbios, decomposição anaeróbia e produção de gases tóxicos. Veja como isso acontece:
A matéria orgânica dos esgotos (como papéis, fezes, restos de comida) despejada na água alimenta as bactérias decompositoras aeróbias. Quanto maior for a quantidade de matéria orgânica, maior será a quantidade dos organismos decompositores e, portanto, maior a quantidade de oxigênio consumido. Veja só como as bactérias aeróbias fazem isso:
Matéria orgânica + oxigênio --> CO2 (gás carbônico) + H2O (água)
Para usar a matéria orgânica, as bactérias precisam de oxigênio; em seguida, elas liberam no meio compostos inorgânicos simples, que são o gás carbônico e a água.
Quando o oxigênio desaparece da água, morrem todos os seres vivos que dependem dele, inclusive as bactérias aeróbias. Quando isto acontece, restam apenas aquelas que não precisam do oxigênio para sobreviver: as bactérias anaeróbias. Elas consomem a matéria orgânica da seguinte maneira:
Matéria orgânica (sem oxigênio) --> subprodutos orgânicos (Ex: ácido acético)
Assim, seja qual for o metabolismo - aeróbio ou anaeróbio - das bactérias e também dos fungos, o processo de degradação da matéria orgânica contribui para a reciclagem da matéria na natureza.

Biomas - Clima e vida na terra

Espécie biológica
Quando se estuda o indivíduo concreto, vivendo num certo tempo e num determinado espaço, não se pode perder de vista que ele é representante de uma espécie biológica, o que o identifica com outros indivíduos. A espécie pode ser entendida como uma unidade taxonômica (relativo à classificação) que reúne os indivíduos que tenham algumas características em comum, mas a principal delas é a capacidade de gerar descendentes férteis. O conceito de espécie, apesar de abstrato, é muito útil pois permite estabelecer um olhar abrangente sobre uma multidão de indivíduos - que possuem uma série de características diversas entre si, o que constitui a diversidade específica - e que se identificam no essencial. Isso permite uma série de generalizações aplicáveis a todos indivíduos encontrados e que pertençam à mesma espécie.
Tipos de espécies
As espécies, com relação a um determinado habitat estudado podem ser classificadas em:

Residentes: as que realizam todo ciclo de vida, inclusive a reprodução, nesse habitat. Estas podem ser:

Endêmicas: se têm distribuição restrita a um habitat bem definido. Ex: lobo-guará, que só é encontrado no cerrado brasileiro.

Cosmopolita: se estão distribuídas por todo o mundo, em muitos habitats diferentes. Ex: mosca doméstica.


Visitante: as que estão presentes durante o período de migração, realizando no local apenas parte do ciclo de vida. Ex: falcão peregrino no Brasil.

Exótica: as que foram trazidas de outro ambiente. Um exemplo é o pardal, natural da Europa e que foi introduzida na América pelo colonizador.
Do ponto de vista ecológico e de preservação há outra classificação de espécies que nos interessa. Quanto ao risco de extinção, elas podem ser:

Espécie rara: aquela que dispõem de número reduzido de exemplares, os quais podem estar concentrados numa área pequena (como certos beija-flores) ou espalhados em grandes áreas (como os gaviões Harpia).

Espécie ameaçada: aquela que está em processo de diminuição do tamanho populacional, atingindo um nível que põe em perigo sua sobrevivência. É o caso do mico-leão-dourado.

Habitat
Referindo-se ao local onde se encontram os indivíduos de uma espécie (floresta, lago, rio, ilha, tipo de árvore, camada de solo), os ecólogos costumam usar o termo habitat. Cada habitat é caracterizado pelas condições ambientais que lhe são próprias. Assim, um terreno em declive pode possuir dois habitats: um da parte alta do terreno, onde o solo é mais seco e outro - de solo úmido - na parte baixa.
A ação do homem sobre o meio ambiente pode criar novos habitats que favorecerão a sobrevivência de algumas espécies. É o caso do meio urbano (cidades) para o qual os pardais e os rato, além do próprio homem, estão bem adaptados.

Valência ecológica
As espécies podem ser classificadas tomando-se em conta a possibilidade de ocuparem habitats diferentes. Para isso, os ecólogos usam o critério da valência ecológica, que é a capacidade que a espécie possui de povoar ambientes diferentes, suportando grandes variações ambientais. A valência ecológica é uma característica da espécie que regula a amplitude de sua distribuição sobre a Terra. Em função desse critério podem ser divididas em:

Euriécias: aquelas com grande valência ecológica, podendo ocupar habitats variados. Corresponde, em geral, à espécies cosmopolitas, isto é, as que estão espalhadas pelo mundo, como a mosca doméstica.

Estenoécias: aquelas com pequena valência ecológica e com distribuição restrita a poucos habitats bem determinados. Geralmente, essas são chamadas de espécies endêmicas. Um exemplo é o lobo-guará, que somente é encontrado no cerrado brasileiro.
Fatores ecológicos
Ao se estudar a distribuição das espécies pelos diversos habitats da Terra, os ecólogos têm-se perguntado por que essa espécie existe nesses locais e não em outros; bem como, o que faz com que uma espécie tenha uma distribuição mais ampla do que outras.
Procurando responder essas questões, eles perceberam que não só a distribuição da espécie pelos diversos habitats, mas como a própria sobrevivência do indivíduo, estão determinadas pela existência de certos elementos do meio ambiente que podem agir diretamente sobre o funcionamento do organismo, e sobre o seu ciclo de vida. Esses elementos receberam o nome de fatores ecológicos.
Didaticamente, os fatores ecológicos são divididos em:

Abióticos: que compreendem os elementos não-vivos do meio, como os físicos, químicos e edáficos (relativos ao solo).

Bióticos: que envolvem a ação de outros seres vivos, através das relações ecológicas.
É preciso ter-se em conta que essa classificação é forçada, ainda que clara e prática pois os fatores sobrepõem-se na natureza. Por exemplo, na Amazônia o clima - que envolve fatores físicos (p. ex., temperatura) e químicos (p. ex., água) - sendo um fator abiótico importante na sobrevivência de muitas espécies, é influenciado pela vegetação (fator biótico).
Leis da Tolerância e do Mínimo
O estudo do efeito dos fatores ecológicos sobre os seres vivos levou os ecólogos a enunciarem a Lei da Tolerância, estabelecendo que "cada espécie apresenta, para cada fator ecológico, um valor máximo e mínimo entre os quais consegue sobreviver". Assim, por exemplo, a carpa tem, para a temperatura, um mínimo tolerado de 4oC e um máximo de 24oC. Outros peixes de aquário e tanque de água doce tem limites mais restritivos, como o acará-bandeira que têm um mínimo de 28oC e um máximo de 30oC.
A abundância de uma espécie varia em função do nível de intensidade do fator ecológico considerado. É uma representação gráfica que permite visualizar a Lei da Tolerância.
O fisiologista e químico Liebig, descobriu outra lei que rege a ação dos fatores ecológicos sobre os seres vivos. É a chamada Lei do Mínimo, que em Ecologia possui o seguinte enunciado: "A distribuição de uma espécie é controlada pelo fator ecológico para o qual o organismo possui menos controle e os menores limites de tolerância". Esse fator ecológico é denominado fator limitante, pois limita a ocupação de outros habitats pela espécie e é diferente para cada espécie. Pode ocorrer que uma espécie seja afetada por vários fatores limitantes, sendo isso comum entre espécies estenoécias.
É comum, para muitas espécies, que o fator limitante venha a ser o mais crucial no período da reprodução, quando os organismos tem seus limites de tolerância mais estreitos.
Constitui-se, também, num princípio geral, o de que quando um organismo está submetido ao stress ("pressão") num determinado fator, os seus limites de tolerância para outros fatores diminuem.

Adaptação e Evolução
É um princípio universal o de que a espécie tem que ter ajustadas as suas características corporais e comportamentais (que o geneticista chama de fenótipo) aos fatores ecológicos do habitat onde vive, principalmente aos fatores limitantes. Esse ajustamento é chamado adaptação. Os ecólogos evolutivos têm especial interesse por conhecer a ação dos fatores ecológicos e os mecanismos de adaptação, para com isso entenderem um pouco mais sobre o processo da evolução. Pois a evolução nada mais é do que a constante adaptação da espécie ao ambiente onde vive. Essa adaptação contínua acumula modificações na estrutura genética até produzir uma espécie totalmente nova.
Estratégias adaptativas
Os geneticistas e ecólogos evolutivos notaram, também, que em muitas espécies é comum o fenômeno do polimorfismo, isto é, a existência de indivíduos da mesma espécie diferentes entre si em algumas características (tamanho, cor, preferência alimentar, forma do corpo). Logo surgiu a pergunta: "por que não são, sempre, todos iguais?"; "qual é a vantagem adaptativa em haver esse polimorfismo?".
A resposta veio por meio do conceito de estratégias adaptativas, que significa o tipo de estrutura fenotípica (seja com um só fenótipo na espécie ou com vários diferentes) que existe na espécie em função do tipo de ambiente e da capacidade de tolerância da espécie. A grosso modo, há dois tipo básicos de estratégias adaptativas:

Mista: quando na espécies existem vários fenótipos, cada um mais adaptado a um tipo de habitat ou circunstância. Os fenótipos, ou mesmo raças, diferentes e que ocupam habitats específicos e distintos são chamados ecótipos. Ocorre em ambientes muito variáveis tanto no espaço, como no tempo. São os chamados ambientes de granulação fina. Essa situação encontra-se entre espécies estenoécias, com estreitos limites de tolerância.

Pura: quando na espécie existe apenas um fenótipo, que é o melhor adaptado para aquele habitat. Se a espécie que adota essa estratégia é estenoécia, certamente ela viverá num ambiente estável, denominado ambiente de granulação grossa. Se, no entanto, no decorrer da sua história evolutiva tiver se tornado euriécia, com ampla faixa de tolerância para os fatores ecológicos e com poucos fatores limitantes, ela poderá viver num ambiente de granulação fina.
O conceito de granulação grossa e fina é muito relativo, dependendo do tempo de vida, tamanho e deslocamento da espécie. Assim, por exemplo, um grande pomar, com vários tipos de árvores frutíferas misturadas, pode ser um ambiente de granulação fina para uma ave frugívora (que come frutas), pela grande variedade de fontes alimentares que fornece. Mas, para um pequeno inseto que passa toda a sua vida num único pé de laranja - com uma única fonte alimentar -, o pomar é um ambiente de granulação grossa.

Davi Pinheiro - EQUIPE 2

Zonas de Vida em Água Doce





Vivemos num Planeta Azul, é certo, mas apenas 0,007 por cento da água que o cobre assegura a sobrevivência da humanidade. Cada vez há mais gente. Cada vez se gasta mais e se polui mais. Cada vez há menos biodiversidade. Não admira que a ONU considere a gestão de tão escasso recurso um desafio vital para o mundo. E tenha declarado 2003 o Ano Internacional da Água Doce.

O relatório da ONU avisa: "A água tem de ser encarada como um dos maiores desafios que o mundo enfrenta. É tão importante como as alterações atmosféricas, a desflorestação, a defesa da biodiversidade e a desertificação, tudo questões relacionadas com a gestão da água. Uma grande parte das tendências negativas levarão anos a inflectir, pelo que se torna imperativo que as acções destinadas a iniciar essa inflexão comecem imediatamente." Resta saber se os grandes do mundo estarão à altura da grandeza do desafio.

Os ecossistemas que a água doce sustenta são dos mais ameaçados e dos mais importantes em termos de biodiversidade. Por exemplo, garantem a sobrevivência de 12 por cento das espécies animais existentes. Mas mais de 20 por cento das dez mil espécies de peixes de água doce extinguiram-se ou estão em risco de extinção ao longo das últimas décadas.



Lagos




Depressões do solo produzidas por causas diversas e cheias de águas confinadas, mais ou menos tranqüilas, pois dependem da área ocupada pelas mesmas. As formas, as profundidades e as extensões dos lagos são muito variáveis. Geralmente, são alimentados por um ou mais 'rios afluentes'. Possuem também 'rios emissários', o que evita seu transbordamento

Os lagos podem ser originados de diferentes maneiras: pelos movimentos da terra (lagos tectônicos), por formações vulcânicas (lagos vulcânicos), pelo deslocamento das geleiras (lagos glaciais) ou quando a água fica em uma zona de depressão e não vai diretamente para o mar. Quando um lago nasce o chamamos de "lago jovem". Com o passar do tempo, inicia-se uma etapa de envelhecimento, que se acentua na medida em que nele se depositam sedimentos. Tal processo culmina no desaparecimento do lago e o surgimento de um pântano, que finalmente se converte em uma zona florestal.



De acordo com a produtividade, os lagos podem ser classificados como lagos oligotróficos e lagos eutróficos. Os primeiros geralmente têm sua origem a partir das geleiras, apresentam baixa produtividade, grande profundidade e altas concentrações de oxigênio em suas camadas inferiores. Já os lagos eutróficos são mais produtivos, ricos em flora e fauna e têm baixas concentrações de oxigênio em suas camadas profundas, sobretudo no verão.




AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS LAGOS SÃO AS SEGUINTES:




  • São importantes formadores do solo;

  • Armazenam grandes quantidades de água;


  • São um recurso natural produtivo;

  • São uma zona de mitigação nas áreas de inundações;

  • Representam um habitat com uma grande variedade de espécies de animais e plantas;

  • Fornecem água doce a plantas, animais e aos seres humanos;

  • Retêm nutrientes;

  • Regulam os microclimas próximos a eles.


RIOS


Na primeira visita aos rios da floresta tropical, os visitantes ficam frequentimente maravilhados pelo tamanho e abundância. Ainda mais perplexo é a capacidade de rios tropicais se juntarem á outros grandes rios, formando gigante ilhas que podem ser facilmente confundidos com o continente. Por vezes é quase impossível de se distinguir a principal confluência do rio.


Fotos aéreas dos rios tropicais revelam outro aspecto curioso: o curso sinuoso. Um rio gira e dá voltas e, às vezes dá uma volta de quase 180 graus voltando a si mesmo. A falta de declividade e solos de argila de muitas regiões tropicais permitem aos rios ter praticamente rédeas da sua direção.



O volume de água que flui nas florestas tropicais, junto dos solos e variados níveis de água, pode criar lindas cachoeiras mais de 100 metros de altitude, mesmo níveis regulares de águas. Estes bancos de argila constituem uma parte importante da ecologia local, em partes da Amazônia. Centenas de araras se reunem sobre esses bancos para ingerir minerais que se ligam e detoxicam os produtos químicos dos frutos que consomem.




Com seu enorme volume, grandes rios como o Amazonas transportam enormes quantidades de madeira e detritos. É comum ver gigante troncos e árvores passando, embora as vezes naturais jangadas, com árvores e animais, e algumas vezes tendas, são vistos flutuando. Freqüentemente a navegação do rio é complicada por enormes madeiras que se formam em canais fluviais impedindo o fluxo do rio. O Rio Madeira, um importante afluente do Amazonas, recebe o seu nome devido à grande quantidade de madeira que flutuam no rio. Estes obstáculos de madeiras, juntamente com madeiras afundadas, fornecem um habitat crítico para os peixes e outros animais aquáticos.



Córregos e Riachos



Córregos e riachos tropicais são ainda mais variáveis do que rios tropicais e pode mudar de um leito quase seco à uma correnteza com média de 30 pés de profundidade em uma questão de horas durante uma forte tempestade chuvosa. Pequenos córregos e riachos são muitas vezes invisíveis, por via aérea, porque o fluxo corre embaixo do dossel da floresta. Apesar de insignificantes, estas vias navegáveis hospedam uma espantosa variedade de vida animais. Riachos são comuns na floresta e fornecem um importante nicho para determinados peixes, anfíbios, e espécies de insetos além de proporcionar uma importante fonte de água para outros habitantes terrestres das florestas.

Alguns destes riachos, especialmente nas várzeas da Amazônia, podem ser surpreendentemente profundos. O barro substrato ajuda esses riachos manterem sua forma parecem desafiar as leis da física.

Referências:

http://www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EEFlpAZkkkSokVkvdQ
http://www.micromacro.tv/saber_mais_agua-07.htm

Fatores que afetam o clima

OS FATORES CLIMÁTICOS

Além da latitude, existem outros fatores que contribuem para determinar as condições climáticas de uma região. Entre eles destacam-se a altitude, a maritimidade, correntes marítimas e, principalmente, a dinâmica das massas de ar.

A ALTITUDE

A temperatura diminui em média 1ºC a cada 180 metros de altitude. Isso ocorre porque parte do calor do ar é transmitido pelo solo aquecido pela radiação solar. Do total da radiação que chega à terra, 34% são refletidos por elementos presentes na superfície e na atmosfera (partículas de poeiras, por exemplo); 19% são retidos pela atmosfera, e a maior parte 47%, é absorvida pelas águas e terra da superfície. Daí o calor é transmitido para o ar. Como podemos ver, a superfície terrestre é a principal fonte de calor da atmosfera. Além disso, a pressão atmosférica, e portanto, a densidade do ar, diminui com a altitude. Tornando-se rarefeito, o ar tem menos massa, o que significa menor capacidade de absorver e conservar o calor. É também por isso que, nas altas camadas da atmosfera, o ar é extremamente frio. Como as montanhas mais elevadas do continente americano situam-se a a oeste, é nessa região que ocorre a maior influência da altitude sobre o clima, e mesmo as montanhas situadas na zona tropical, as temperaturas são baixas, sendo que a altitude anula a influência da latitude. Por isso, em plena zona tropical, encontramos áreas de climas temperado e frio, como os cumes de montanhas dos Andes, que permanecem cobertas de gelo o ano todo. Ex: o planalto boliviano apresenta características próprias dos climas de montanha devido a altitude.


A MARITIMIDADE

A maritimidade - proximidade em relação ao mar - ameniza as tendências da temperatura. Se o ar for quente, sua temperatura ficará mais baixa, e se for frio, a temperatura será mais elevada. Ao contrário da maritimidade, a continentalidade - distância em relação ao mar - acentua o calor e o frio, conforme a condição do ar. Isso ocorre porque a água demora mais para aquecer do que as superfícies continentais. Mas, uma vez aquecida, a água perde calor mais lentamente do que a terra. Esse fator também influi nas amplitudes térmicas de uma região, isto é, nas diferenças entre a maior e a menos temperatura. Nas áreas próximas ao mar, a variação de temperatura é menor do que no interior dos continentes. No nordeste da América do norte, por exemplo, a maritimidade contribui para que o clima temperado tenha verões mais brandos e invernos mais curtos que nas planícies centrais. Na região do Paraguai, por sua vez, a continentalidade torna os verões extremamente quentes.


AS CORRENTES MARITIMAS

As correntes marítimas são verdadeiros "rios" de água salgada dentro dos oceanos. Conforme a latitude em que se originam, elas podem ser de águas quentes ou de águas frias. Veja no mapa anexo as correntes que atingem nosso continente. As correntes marítimas podem influir no clima. A corrente do labrador, por exemplo, contribui para que as temperaturas na costa nordeste da América do norte sejam mais baixas ainda. Este chega a provocar o congelamento das águas do porto de Nova York. A corrente do Golfo, por sua vez, aquece o clima do Golfo do México e contribui para a pluviosidade da região, pois suas águas quentes favorecem a evaporação. Nas regiões áridas da américa, por sua vez, temos a corrente do Peru ou de Humboldt, que passa pela costa do peru e norte do Chile. Ao passar sobre as águas frias desta corrente, as massas quentes vindas do oeste perdem calor, condensam-se e se precipitam no próprio mar, e quando chegam ao continente, os ventos já estão sem umidade suficiente para provocar chuvas. O mesmo ocorre na costa oeste da América do Norte, devido a presença da corrente da Califórnia. Tais massas podem carregar ainda uma pequena umidade. Ao sofrer resfriamento sobre o continente, essa umidade transforma-se em neblina, e apesar da ocorrência desta, quase não chove na costa do Peru e Norte do Chile.


AS MASSAS DE AR

Já vimos que o calor da atmosfera depende da distância em que a região se encontra do equador. Assim, quanto maior for a latitude, mais baixa será a temperatura do ar. A atmosfera é formada por massas de ar de diferentes tipos, cada qual com suas características. Assim, por exemplo, as massas polares são muito frias, enquanto as massas provenientes da zona do Equador são muito quentes. A movimentação das massas de ar é o principal fator a ser considerado no entendimento dos climas da Terra. Para onde as massas se movimentam, levam consigo suas características. O ar está sempre se movimentando por causa das diferenças de pressão atmosférica. O deslocamento do ar é chamado de vento e ocorre sempre de uma zona de alta pressão (frio) para uma zona de baixa pressão (calor). Portanto, as zonas de alta pressão atmosférica são dispersoras de ventos, e também são chamadas de anticiclones. As zonas de baixa pressão atmosférica são receptoras de ventos, e conhecidas como ciclones ou zonas ciclonais. A pressão atmosférica depende da temperatura. Nas zonas polares, devido às baixas temperaturas, o ar está comprimido. Em conseqüência disso, ele exerce maior pressão, ou seja, pesa mais. Por isso, as massas polares tendem a se expandir para as latitudes médias. Na zona do equador, as latas temperaturas tornam o ar rarefeito, o que provoca baixas pressões atmosféricas, por isso a zona equatorial é receptora de ventos. Nas proximidades dos trópicos, em latitudes ao redor de 30º, tanto no hemisfério norte quanto no sul, a atmosfera apresenta altas pressões, pois o ar dessas zonas é menos quente que o ar equatorial. Portanto, as zonas próximas aos trópicos também são dispersoras de ventos, constituindo as chamadas zonas de altas pressões subtropicais. Partindo das altas pressões polares e das altas pressões subtropicais, o ar atmosférico se movimenta sobre a superfície terrestre. A direção geral dos ventos, por sua vez, sofre influência do movimento de rotação da Terra, que é de oeste para leste. Ao se deslocar sobre a superfície do nosso planeta, as massas de ar determinam as condições de clima dos diferentes lugares da Terra. Por exemplo, os lugares permanentemente dominados por massas de origem tropical apresentam climas quentes, e os lugares que são sempre varridos por ventos de origem polar possuem climas frios.


A influência das estações do ano

Devido ao movimento de translação da terra e a inclinação do eixo de rotação do nosso planeta, a intensidade de radiação solar varia no decorrer do ano. Em dezembro, é o hemisfério sul que recebe mais intensamente os raios do sol, enquanto o hemisfério norte passa elo período de menor insolação de todo o ano. Em junho, por sua vez, é o hemisfério norte que é atingido com mais intensidade pela radiação solar, enquanto o hemisfério sul passa pelo período em que recebe a menor quantidade de luz do sol. Por isso, o aquecimento do ar nos dois hemisférios varia conforme a época do ano, ocasionando mudanças na pressão atmosférica. Em conseqüência das alterações da pressão atmosférica e temperatura, as massas de ar se deslocam no decorrer do ano. Com seu deslocamento, elas determinam as características gerais dos climas.

Referências:

http://br.geocities.com/geog002/pagina18.htm
visitado em 28/11/08 às 14:30

Já Não Existem Mares Intocados pelo Homem, diz Estudo

Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra e cada trecho já foi afetado, de alguma forma, pela ação humana. Pesquisadores estudando 17 diferentes atividades - da pesca à poluição - compilaram um mapa mostrando como e onde a humanidade teve impacto nos mares. No mapa, quanto mais avermelhada a cor, maiores os efeitos da intervenção humana.


O atlas do impacto humano nos oceanos foi lançado durante a reunião anual da Associação para o Avanço da Ciência dos EUA (AAAS), realizado em Boston, e publicado na edição desta semana da revista Science.

"Nossos resultados mostram que, quando esses e outros impactos individuais são somados, o quadro geral fica muito pior do que, imagino, a maioria das pessoas espera. Certamente foi uma surpresa para mim", disse o principal autor do trabalho, Ben Halpern, do Centro Nacional de Análise e Síntese Ecológica da Universidade ad Califórnia, Santa Bárbara.

As áreas mais afetadas incluem o Mar do Norte, os Mares do Sul e do Leste da China, a costa leste da América do Norte, o Mediterrâneo, o Mar Vermelho, o Golfo Pérsico, o Mar de Bering e partes do Pacífico. As áreas menos afetadas são as imediações dos pólos.

No entanto, os pesquisadores disseram que é provável que a atividade humana passe a atingir os pólos cada vez mais, à medida que a mudança climática aquece essas áreas.

O dano provocado inclui redução na população de peixes e outros animais marinhos, problemas nos recifes de coral, nos leitos de algas marinhas, mangues, recifes rochosos, plataformas e montanhas submarinas.

"Há duas coisas que não prevíamos", disse Halpern. "Cada pedacinho dos oceanos foi afetado por pelo menos uma atividade humana. Pensávamos que haveria lugares onde a humanidade simplesmente ainda não tinha chegado". Além disso, "mais de 40% dos mares foram afetados por diversas atividades diferentes. O oceano não está passando bem".

Mas, disse ele, há espaço para esperança. "Existem algumas áreas em condição muito boa. São pequenas e espalhadas, mas sofreram um impacto bem pequeno", afirmou. "Isso sugere que, com esforço de todos, podemos tentar proteger esses pedaços e usá-los como um padrão para o que gostaríamos que o restante dos oceanos fosse".

A equipe de pesquisas de 19 membros mapeou os impactos de cada atividade nos oceanos e, por meio de sobreposições dos mapas, chegou às áreas mais afetadas.

Os impactos estudados incluem os efeitos de plataformas de petróleo, navegação comercial, invasão de espécies, impactos da mudança climática, vários tipos de pesca e de poluição.

Referências:

Fonte: Estadão Online
18 Fevereiro, 2008 - 06:28h Délcio Rocha

site:
http://www.ambienteemfoco.com.br/?p=7612

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Pesca de Arrasto Ameaça Corais no Brasil


O desequilíbrio ambiental marinho está sendo empurrado cada vez mais para o fundo. O fenômeno, que é mundial, já começa a ser detectado pelos pesquisadores nas águas brasileiras. Por causa de um esforço de pesca cada vez maior, determinados tipos de peixe sumiram de perto do litoral, em todas as regiões do Brasil.

Ao irem mais longe, atrás de novas espécies, os barcos de pesca não colocam em risco apenas as populações-alvo. Os bancos de coral, apesar de indesejados, também são destruídos e trazidos à tona, principalmente na modalidade arrasto - redes são lançadas até o assoalho oceânico e arrastadas por quilômetros até serem puxadas de volta.

Ainda não há uma estimativa oficial sobre o dano. Mas relatos dão conta de que em um único arrasto, em uma área ainda não explorada, 4.000 quilos de coral são capturados em apenas um lançamento de rede.

Até 2004, o grande alvo do sistema de arrasto era o peixe-sapo (Lophius gastrothysus), que vive em águas profundas. "Agora, muitas embarcações, inclusive de bandeira estrangeira, estão indo atrás também do camarão de profundidade. Como a pesca de arrasto é pouco seletiva, o impacto acaba sendo bastante grande", disse à Folha Marcelo Kitahara, pesquisador do Museu Oceanográfico do Vale do Itajaí.

Hoje, segundo o cientista, algumas frotas pesqueiras já lançam equipamentos altamente sofisticados a até 1.500 metros de profundidade. Os corais são zonas de grande biodiversidade. Por isso, a pesca do camarão, por exemplo, acaba sendo feita nessas áreas.

Um dos motivos dessa busca mais profunda pelo pescado pode ser explicada pelos dados que acabam de ser compilados pelo programa Revizee (Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva). Apesar de existirem algumas saídas, a pesca no Brasil está sendo feita de forma insustentável afirma o estudo. Um dos casos mais simbólicos, é o do peixe cherne-poveiro. Entre 1989 e 2001 a produção dessa espécie era de 2.000 toneladas anuais. Nos últimos anos, ela caiu para apenas 460 toneladas. Além disso, em termos gerais, a produção marinha de pescado do Brasil hoje é de 500 mil toneladas, contra 600 mil toneladas na primeira metade da década passada.

"A pesca de arrasto em águas profundas da costa brasileira (mais de 200 metros) vem crescendo desde o final da década de 1990. A destruição causada pelas pesadas redes foi comprovada por pesquisadores que estiveram a bordo dos pesqueiros. Eles relatam a captura de grandes quantidades de coral e de outros organismos de águas profundas também", afirmou Alberto Lindner, pesquisador do Cebimar (Centro de Biologia Marinha) da USP.

O especialista brasileiro em formações coralinas de águas profundas participou da equipe que descobriu imensos "jardins de coral" no Alasca, em 2002. A descoberta fez o presidente americano George W. Bush criar uma das maiores áreas de proteção marinha de todo o mundo. "Os dados sobre a destruição, no Brasil, e no mundo, são alarmantes. Esses organismos são ainda pouco conhecidos e precisam ser mais bem estudados", diz.

Se as conseqüências indiretas dos arrastões do fundo do mar são uma realidade, José Ángel Perez, oceanógrafo e professor da Univali (Universidade do Vale do Itajaí), em Santa Catarina, lembra que essa modalidade usada pela indústria pesqueira pode colocar em risco o próprio alvo principal, ou seja, os peixes. "O problema mais grave, na minha opinião, são as populações pescadas. Em geral, os níveis de abundância delas são muito baixos."

Para o estudioso, é o momento de ser feita uma grande discussão para que toda a atividade pesqueira realizada em águas profundas possa ser organizada. "O próprio programa Revizee mostrou que os estoques do litoral brasileiro não estão em boas condições. As medidas do governo, por enquanto, também não estão surtindo muito efeito", disse.

Na visão otimista de Perez, se medidas efetivas forem tomadas hoje, em dez anos a situação pode melhorar. "As populações não estão perdidas. Elas estão sendo muito exploradas. É possível reverter esse quadro". Entre as ações cabíveis, nem Perez nem os demais pesquisadores excluem a necessidade de que atitudes extremas sejam tomadas.

"Em alguns casos, exclusões geográficas deverão ser estudadas", explica. Em outras palavras, se o Brasil e o mundo quiserem preservar a biodiversidade das altas profundidades, moratórias à pesca terão que ser decretadas em breve.

"A preservação desses habitats em forma de áreas de exclusão de pesca é essencial para a sustentabilidade", afirma Kitahara. "Não tenho dúvidas que isso vai precisar ser feito."

Por: Eduardo Geraque
Fonte:Folha de S. Paulo

Referências:

Ambiente Marinho


Um mar de estabilidade

O mar sempre exerceu extraordinário fascínio sobre os homens, do poeta ao cientista, suscitando a curiosidade. O estudo de seus ambientes e da vida que o preenche é uma das maiores aventuras da Ciência e da Tecnologia moderna, além de tornar-se prioritária em vista da crescente degradação ambiental, que ameaça a vida no Planeta. No mar está a futura “fronteira agrícola” que poderá alimentar a bilhões de seres humanos. E é nele que encontraremos as respostas para o mistério da origem e evolução da vida.

A principal chave para a compreensão da vida marinha e de sua ecologia é o conhecimento do ambiente marinho, no que tem de característico e diferente do ambiente terrestre, quanto aos seus fatores físicos e químicos, capazes de determinar e limitar a distribuição dos animais marinhos, de acordo com suas habilidades e capacidade de adaptação.

A comparação entre esses dois ambientes, revela um princípio fundamental: o mar é um ambiente muito mais estável e constante que o terrestre. No interior dos oceanos a mudança de temperatura não é tão rápida e dramática, nem se notam tão claramente as diferenças entre as estações do ano.

Divisões do ambiente marinho

O ambiente marinho, ainda que estável, não é uniforme em toda sua extensão, o que permite que massa de água dos oceanos possa ser dividida em zonas distintas com perfil ambiental e formas de vida exclusivas e características. O zonação ocorre tanto no sentido horizontal como no vertical, como também em função da capacidade de penetração da luz no mar.

Zonação horizontal

Na zonação horizontal, que vai da costa para o mar aberto, a distribuição da fauna e da flora depende essencialmente da temperatura da água e da quantidade de alimento disponível. Quanto mais nos afastamos da costa, uma notável fonte de nutrientes, menos alimento estará disponível para a manutenção da vida já que o meio dos oceanos pode ser descrito como um "deserto biológico".

No plano horizontal distinguem-se claramente duas zonas ou províncias marinhas: a nerítica e a oceânica.

O final da plataforma continental, dando lugar ao íngreme talude, marca o limite entre a província nerítica e oceânica.

A Província Nerítica é a região mais próxima da costa, a zona com maior quantidade e variedade de vida, habitada pela maioria dos peixes que conhecemos, aqueles mais importantes para a pesca comercial e esportiva. Essa faixa do oceano está situada sobre a plataforma continental, entre a linha de maré alta e a profundidade média de 200 metros. Costuma ser subdividida em duas regiões: a Zona Litorânea, entre as linhas de maré alta e baixa, e a Zona Costeira, da linha de maré baixa para fora.

A Província Oceânica compreende a faixa do oceano situada acima da planície abissal, onde a profundidade é superior a 200 metros. Caracteriza-se por ser a região mais afastada da costa, com vida relativamente escassa, em comparação a sua grande extensão. Os peixes que lá vivem são chamados de oceânicos.

Zonação Vertical

A zonação vertical abrange toda a massa de água marinha separando-a por faixas de profundidade desde a superfície até o fundo oceânico relacionadas com as comunidades ecológicas que aí se estabelecem. A zonação vertical é determinada pela intensidade da luz solar que recebe, pela presença de nutrientes, assim como pela pressão e temperatura da água.

A combinação de diversos fatores, entre os quais a pressão e a luminosidade, criam nos mares quatro distintos biomas: litoral, nerítico, batial e abissal. Neles há três tipos de comunidades. O plâncton é composto por pequenos organismos que vivem carregados pelas correntes, ocupando o bioma nerítico. O bentos abrange os seres que vivem fixo ao fundo oceânico, desde o sistema litoral até as fossas abissais. Em todos os quatro biomas podem ser encontrados representantes do nécton, animais capazes de nadar.

Há duas formas de estabelecer uma zonação vertical, o que define dois domínios que se distinguem profundamente quanto ao gênero de vida de seus habitantes, principalmente no que se refere a necessidade de um substrato para se apoiar e viver. Por cada um deles distribui-se uma comunidade biológica marinha que lhe é característica.

O Domínio Bentônico corresponde ao fundo marinho em toda sua extensão, desde onde respinga a água da maré alta até a mais profunda fossa submarina. Nesse domínio oceânico vivem os organismo bentônicos, membros da comunidade do bentos, animais e vegetais que vivem fixos sobre o fundo ou passam a maior parte de suas vidas próximo dele.

A subdivisão do Domínio Bentônico em sete zonas, bem como a definição de seus limites não se prendem muito rigorosamente a certos valores de profundidade. Dependem mais do relevo submarino. Até mesmo a terminologia pode variar conforme a fonte.

Costuma-se dividir o Domínio Bentônico em sete zonas, agrupadas em dois sistemas claramente distintos: o sistema litoral (situado na plataforma continental) e o sistema profundo (que avança além do talude).

O sistema litoral abarca toda a região costeira, desde as praias até o final da plataforma continental. Tomando por critério os limites estabelecidos pelo comportamento das marés e a distribuição de algas.
Referências:

Zona Costeira

A Zona Costeira brasileira é extensa e variada. O Brasil possui uma linha contínua de costa com mais de 8 mil quilômetros de extensão, uma das maiores do mundo. Ao longo dessa faixa litorânea é possível identificar uma grande diversidade de paisagens como dunas, ilhas, recifes, costões rochosos, baías, estuários, brejos e falésias. Dependendo da região, o aspecto é totalmente diferente do encontrado a poucos quilômetros de distância. Mesmo os ecossistemas que se repetem ao longo do litoral - como praias, restingas, lagunas e manguezais - apresentam diferentes espécies animais e vegetais. Isso se deve, basicamente, às diferenças climáticas e geológicas.
O litoral amazônico, que vai da foz do Rio Oiapoque ao Rio Parnaíba, é lamacento e tem em alguns trechos mais de 100 km de largura. Apresenta grande extensão de manguezais, assim como matas de várzeas de marés. Jacarés, guarás e muitas espécies de aves e crustáceos são alguns dos animais que vivem nesse trecho.

O litoral nordestino começa na foz do Rio Parnaíba e vai até o Recôncavo Baiano. É marcado por recifes calcáreos e arenitos, além de dunas que, quando perdem a cobertura vegetal que as fixa, movem-se com a ação do vento. Há ainda nessa área manguezais, restingas e matas. Nas águas do litoral nordestino vivem tartarugas e o peixe-boi marinho, ambos ameaçados de extinção.

O litoral sudeste segue do Recôncavo Baiano até São Paulo: a área mais densamente povoada e industrializada do país. Suas áreas características são as falésias, recifes, arenitos e praias de areias monazíticas (mineral de cor marrom escura). É dominado pela Serra do Mar e tem a costa muito recortada, com várias baías e pequenas enseadas. O ecossistema mais importante dessa área é o das matas de restingas. Nessa parte do litoral é possível encontrar espécies como a preguiça-de-coleira e o mico-sauá, dois animais ameaçados de extinção.

O litoral sul começa no Paraná e termina no Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul. Cheio de banhados e manguezais, o ecossistema da região é riquíssimo em aves, mas há também outras espécies: ratão-do-banhado, lontras, capivaras etc.

Há muito ainda para se conhecer sobre a dinâmica ecológica do litoral brasileiro. Complexos sistemas costeiros distribuem-se ao longo, fornecendo áreas para a criação, crescimento e reprodução de inúmeras espécies de flora e fauna.

Por que preservar o litoral

Há muito ainda para se conhecer sobre a dinâmica ecológica do litoral brasileiro. Complexos sistemas costeiros distribuem-se ao longo do litoral, fornecendo áreas para a criação, crescimento e reprodução de inúmeras espécies de flora e fauna. Somente na costa do Rio Grande do Sul - conhecida como um centro de aves migratórias - foram registradas, aproximadamente, 570 espécies. Muitos desses pássaros utilizam a costa brasileira para alimentação, abrigo ou como rota migratória entre a América do Norte e as partes mais ao sul do Continente. A faixa litorânea brasileira também tem sido considerada essencial para a conservação de espécies ameaçadas em escala global, como as tartarugas marinhas, as baleias e o peixe-boi-marinho. É importante ressaltar que a destruição dos ecossistemas litorâneos é uma ameaça para o próprio homem, uma vez que põe em risco a produção pesqueira - uma rica fonte de alimento.


Ecossistema em perigo

A integridade ecológica da costa brasileira é pressionada pelo crescimento dos grandes centros urbanos, pela especulação imobiliária sem planejamento, pela poluição e pelo enorme fluxo de turistas. A ocupação predatória vem ocasionando a devastação das vegetações nativas, o que leva, entre outras coisas, à movimentação de dunas e até ao desabamento de morros. O aterro dos manguezais, por exemplo, coloca em perigo espécies animais e vegetais, além de destruir um importante "filtro" das impurezas lançadas na água. As raízes parcialmente submersas das árvores do mangue espalham-se sob a água para reter sedimentos e evitar que eles escoem para o mar. Alguns mangues estão estrategicamente situados entre a terra e o mar, formando um estuário para a reprodução de peixes. Já a expulsão das populações caiçaras (pescador ou o caipira do litoral) está acabando com uma das culturas mais tradicionais e ricas do Brasil. Outra ação danosa é o lançamento de esgoto no mar, sem qualquer tratamento. Operações de terminais marítimos têm provocado o derramamento de petróleo, entre outros problemas graves.


Referências:

sites:

http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/biomas/bioma_costeiro/index.cfm

http://geocities.yahoo.com.br/zuritageo

Biomas - Florestas


Paisagens ou Biomas do Brasil - Floresta Amazônica
A maioria dos 7 milhões de km2 da Floresta Amazônica é constituída por uma floresta de terra firme. Esta é uma floresta que nunca é alagada e se espalha sobre uma grande planície de até 130-200 metros de altitude, até os sopés das montanhas.

A grande planície corresponde aos sedimentos deixados pelo lago "Belterra", que ocupou a maior parte da bacia Amazônica durante o Mioceno e o Plioceno, entre 25 mil e 1,8 milhão de anos atrás. O silte e as argilas depositados neste antigo lago foram submetidos a um suave movimento de elevação epirogenético, enquanto os Andes se ergueram e os modernos rios começaram a cavar os seus leitos.
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Assim surgiram os três tipos de florestas amazônicas: as florestas montanhosas Andinas, as florestas de terra firme e as florestas fluviais alagadas, as duas últimas na Amazônia brasileira.

As flutuações climáticas do Pleistoceno se manifestaram numa sucessão repetida de climas frio-seco - quente-úmido - quente-seco. A última fase fria-seca data de 18 mil a 12 mil anos atrás, quando o clima da Amazônia era semi-árido, com temperatura média rebaixada por até 5ºC. Em seguida, houve o retorno do clima quente-úmido, que chega ao máximo em torno de 7 mil anos atrás. Desde então, e com várias oscilações de menor porte, vivemos um clima relativamente quente-seco.

Muito importante foi o fato de que durante as fases semi-áridas, a grande floresta de terra firme se encontrava dividida e fragmentada por formações vegetais abertas, do tipo cerrados, caatingas e campinaranas, todas melhor adaptadas ao clima seco. A floresta sobrevivia em "refúgios", situados nas áreas de solos mais altos e com melhor abastecimento hídrico. Ao voltar o clima mais úmido, a floresta expandiu-se novamente, em detrimento da vegetação dos cerrados. Hoje em dia, o cerrado sobrevive em seus próprios "refúgios", dentro da imensidade das matas de terra firme. Este processo flutuante vai se repetir sem dúvida, a não ser que o homem interfira na situação.

A floresta de terra firme tem inúmeras adaptações à pobreza em nutrientes dos seus solos argilosos e podzólicos. As árvores que a compõem são capazes de se abastecer com nitratos através de bactérias fixadoras de nitrogênio, que estão ligadas às suas raízes. Além disso, uma grande variedade de fungos também simbiontes das raízes, chamados micorrizas, reciclam rapidamente o material orgânico antes deste ser lixiviado. A serrapilheira (formada por folhas e outros detritos vegetais que caem ao solo) é reciclada rapidamente pela fauna rica de insetos, especialmente besouros, formigas e cupins. Os insetos constituem a maioria da biomassa animal na floresta de terra firme.

Esta floresta, especialmente rica em aráceas epífitas, é, comparada à Mata Atlântica, relativamente pobre em bromélias e orquídeas. Entre estas plantas epífitas estão as mirmecófitas, plantas que vivem em estreita simbiose com as formigas. No sub-bosque da floresta destacam-se especialmente as palmeiras e os cipós. As grandes samambaias são raras.

A macrofauna do chão da floresta é relativamente pobre. Os vários sapos e pererecas ali encontrados apresentam diversas adaptações para garantir a água necessária para o desenvolvimento dos girinos. Alguns grandes mamíferos, tais como as antas, o cateto e a queixada, assim como os mutuns e os inhambus, entre as aves do chão, merecem destaque. Perto do chão da floresta encontram-se também muitas aves "papa-formigas", que tiram proveito das enormes migrações de formigas de correição.

A grande diversidade animal encontra-se nas copas das árvores entre 30 e 50 metros de altura, um ambiente de difícil acesso para o pesquisador. Ali é rica a fauna de aves, como papagaios, tucanos e pica-paus. Especialmente vistosos são o pavãozinho do Pará e a cigana. Entre os mamíferos das copas predominam os marsupiais, os morcegos, os roedores e os macacos. Os primatas possuem nichos bem diferenciados.

O bugio é diurno e se alimenta de preferência com folhas. O macaco da noite Aotus é o único macaco ativo durante a noite. Os sauins, insetívoros vorazes, possuem várias espécies e subespécies que se diferenciam pelo colorido e forma das faces. Ao lado dos polinizadores clássicos - abelhas, borboletas e aves - os macacos da Floresta Amazônica têm também um papel de destaque como polinizadores.
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As aves, os morcegos e os macacos frugívoros da mata de terra firme têm um importante papel de disseminar os frutos e sementes das árvores.

As espécies e subespécies de macacos, preguiças, esquilos e outras são freqüentemente separadas pelos grandes rios tributários do rio Amazonas. As unidades biogeográficas formadas pelas bacias destes rios explicam em parte a grande bioversidade da biota amazônica. Além disso, podemos sobressaltar áreas de floresta que serviram de refúgio às várias populações diferenciadas durante os períodos de clima árido do passado, acima mencionados, quando grandes áreas de cerrado fragmentavam a Floresta Amazônica. Hoje em dia, o desmatamento descontrolado está fragmentando a floresta de terra firme. Sem os cuidados necessários, províncias faunísticas inteiras e antigos centros de especiação correm o risco de serem obliterados para sempre.

As florestas alagadas estão ao alcance das enchentes anuais do rio Amazonas e de seus tributários mais próximos. As flutuações do nível da água podem chegar a 10 metros ou mais. De março a setembro, grandes trechos de floresta ribeirinha são alagados. As plantas e os animais da floresta alagada amazônica vivem em função das suas diversas adaptações especiais para sobreviver durante as enchentes.

As águas amazônicas possuem características diferentes, resultantes da geologia das suas bacias fluviais. Os rios chamados de rios de água branca ou turva, como o Solimões ou o Madeira, percorrem terras ricas em minerais e suspensões orgânicas. Os rios chamados de água preta, como o Negro, oriundos de terras arenosas pobres em minerais, são transparentes e coloridos em marrom pelas substâncias húmicas. Existem também rios de águas claras, como o Tapajós, que nascem nas áreas dos antigos escudos continentais, também pobres em minerais e nutrientes.
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As matas banhadas pelas águas brancas costumam ser chamadas de florestas de várzea e as banhadas pelas águas pretas e claras, de florestas de igapós. A vegetação da várzea é muito mais rica do que a vegetação dos igapós, por causa da fertilidade das águas brancas e dos solos aluvionais por elas trazidos. O mesmo se constata com a fauna dos dois tipos de florestas, especialmente com a biota aquática. Os rios de água branca são ricos em peixes, enquanto os rios de água preta são "rios da fome". As áreas onde os dois tipos de águas se misturam, como a área perto de Manaus, são consideradas especialmente ricas.

As árvores das matas alagadas têm várias adaptações morfológicas e fisiológicas para viverem parcialmente submersas, como raízes respiratórias e sapopembas. As árvores são pobres em plantas epífitas e o sub-bosque praticamente inexiste. Em seu lugar existe uma rica flora herbácea, como o capim-mori, a canarana e o arroz selvagem. Na estação das enchentes, o capim se destaca e forma verdadeiras ilhas flutuantes. Outras plantas flutuantes, tais como a vitória-régia e o aguapé, também acompanham o nível das águas.

Os mamíferos das matas alagadas - antas, capivaras e outros - são todos bons nadadores. Até as preguiças são capazes de nadar. A fauna de macacos e de outros mamíferos arborícolas em geral é pobre, comparada com a fauna da terra firme. Nos rios de várzea encontram-se, porém, várias espécies de mamíferos aquáticos, como os botos, o peixe boi, a ariranha e as lontras. A fauna de primatas é muito reduzida. O vegetariano peixe boi e os botos predadores são, entretanto, muito raros nas águas pretas e claras dos igapós, pobres em vegetação aquática e pouco piscosas.

Na avifauna relativamente pobre das florestas de igapós predominam as aves aquáticas, tais como as garças, biguás, jaçanãs, mucurungos e patos.
As águas das florestas alagadas são ricas em répteis aquáticos. As tartarugas são importantes herbívoros da vegetação aquática e são muito caçadas. A tartaruga verdadeira (Podocnemis expansa) está em perigo de extinção; a cabeçuda (P. dumeriliana) e a tracajá (P.unifilis) são também muito apreciadas pelos caçadores. Os cágados Phrynops são encontrados com mais freqüência nas corredeiras. Entre os jacarés, o jacaretinga (Palaeosuchus trigonatus), gênero com uma única espécie endêmica na Amazônia, está ameaçado de extinção. O jacaré-açu (Melanosuchus niger) é o jacaré comum na área. Vários autores atribuem aos jacarés predadores um importante papel de "reguladores" na várzea. A grande jibóia amazônica merece também ser mencionada.

Na Amazônia vivem em torno de 10 mil espécies de peixes. Aqui, mencionamos apenas algumas espécies ligadas à floresta de inundação. São estas os peixes frugívoros que evoluíram em estreita co-evolução com as árvores e arbustos amazônicos: as frutas caem na água, são engolidas pelos peixes e as sementes resistentes às enzimas gástricas são transportadas para longe. Vários peixes, especialmente os da grande ordem dos Characinoidea, apresentam dentições especializadas para certos tipos de frutas. O tambaqui (Collosoma macropomum) é um comedor especialista das frutas da Hevea spruceana. Pacus, dos gêneros Mylossoma, Myleus e Broco, são também comedores importantes de frutas de palmeiras, embaúbas e outras árvores. A piranheira é uma planta preferida por algumas espécies de piranhas. A dispersão das plantas pelos peixes da várzea e dos igapós tem uma importância comparável à da dispersão clássica de sementes pelas aves e mamíferos nas florestas de terra firme. O tambaqui e os pacus, bem como o pirarucu (Arapaima gigas), são os peixes de maior importância comercial na Amazônia. Nada ilustra melhor o papel ecológico importante da frugivoria dos peixes. O tambaqui é muito procurado por pescadores turísticos.

Os peixes frugívoros constituem somente um dos tipos de peixes na várzea, mas o papel deles é particularmente importante nas águas pretas e claras. Devido à pobreza excessiva dessas águas em fito e zooplâncton, são as árvores que fornecem a maioria dos alimentos. Mesmo assim, os peixes do rio Negro são de tamanhos menores do que os seus coespecíficos no rio Solimões. Os cardumes também são menores.

A fauna de insetos é principalmente ligada à vegetação flutuante. As poucas espécies de cupins e de formigas acompanham a subida e a descida das águas ao longo dos troncos das árvores. Vários tipos de insetos vivem sobre a vegetação flutuante, enquanto nas águas criam-se enormes populações de mosquitos e outros dipterros irritantes. Os rios de água preta são isentos deste flagelo.

As matas alagadas contêm várias espécies de árvores de utilidade econômica, além de madeiras de lei. A seringueira, a sorva, a andiouba, a macaranduba, o buriti e o tiucum produzem borracha, alimentos, óleos, resinas e fibras de importância econômica. As várzeas são especialmente ricas e produtivas. Ali se encontravam as grandes concentrações indígenas e atualmente são desenvolvidos grandes projetos agro-pecuários e industriais.

Específicas dos igapós de solos arenosos e de água preta são a piranheira (Piranhea trifoliata), a oeirana (Alchornea castaniifolia), várias espécies de Inga e de Eugenia, as palmeiras Copaifera martii (copaíba) e a Leopoldinia. Algumas árvores têm grande resistência às enchentes prolongadas, tais como a Myrciaria dubia, a Eugenia inundata (araçá de igapó) e, finalmente, a Salix humboldtiana, que sobrevivem a vários anos de submersão permanente.

Muitas espécies da várzea estão ameaçadas de extinção devido ao rápido desenvolvimento das áreas urbanas, da construção de represas, da poluição com o mercúrio dos garimpos etc. A caça e a pesca desregulada na várzea já colocaram em risco a existência de vários vertebrados aquáticos de grande porte. A lista das espécies em extinção é encabeçada pelos botos, peixe boi, ariranha, tartaruga verdadeira, jacaretinga e outros. Entre os peixes ameaçados destacamos o pirarucu, o maior peixe de água doce do mundo.

A alta produtividade da várzea possibilitou uma povoação indígena densa à época da descoberta. As margens do grande rio abrigaram muitas aldeias com milhares de habitantes. A densidade populacional alcançava 14,6 pessoas por quilômetro quadrado. Os ribeirinhos cultivavam milho e mandioca no rico solo aluvional, coletavam arroz selvagem e usufruíam de pesca rica. Estes índios tinham uma organização de classes sociais e utilizavam trabalho de escravos.

Os rios de água preta, pelo contrário, considerados "rios de fome", foram historicamente pouco habitados. Porém, pela falta de dípteros molestadores, como mosquitos, borrachudos e mutucas, os novos colonizadores preferiam morar nas margens dos rios de água preta. Por um curto período, a capital da região foi para Barcelos, no médio rio Negro, mas mudou rapidamente para Manaus, perto da várzea rica em peixes. Ainda é preciso considerar que os solos férteis na Amazônia são os solos de várzea, justamente onde os grandes centros urbanos tendem a se localizar, junto com as suas bases de abastecimento.

Uma estação ecológica está situada por inteiro no ambiente dos igapós: é a Estação Ecológica Federal do arquipélago de Anavilhanas, no baixo rio Negro. Nas enchentes, o arquipélago de centenas de ilhas é praticamente submerso. O laboratório de pesquisa da Estação fica em casas flutuantes que acompanham também o nível das águas. Uma outra estação, Mamirauá, está situada na várzea, perto de Tefé. O grande centro de pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus, e o Museu Goeldi, em Belém, mantêm várias reservas e áreas de pesquisa nas matas de terra firme. Em Santarém encontra-se um grande centro de pesquisas piscívoras.

Referências:

sites: http://www.brasilturismo.com/meioambiente/biomas/florestaamazonica.php

http://br.youtube.com/watch?v=UFSPAFNddiY

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

AR

Que as florestas ajudam a moderar a temperatura e a regular a umidade de um local por meio da evapotranspiração não é novidade para muita gente. O que grande parte dos brasileiros não sabe é que as chuvas que caem na região Sul do país, por exemplo, são resultantes da água proveniente da Amazônia.

Todos os dias milhares de toneladas de vapor de água migram do Norte do país em direção ao Sul. Essas correntes de ar que carregam a umidade da Floresta Amazônica, conhecidas como “rios voadores”, são responsáveis por 44% das chuvas no Brasil.

Uma pesquisa realizada por especialistas que participam de uma expedição para coletar amostras desse rio flutuante verificou que a grande maioria dos brasileiros acredita que a chuva e a umidade são originárias do Sul ou de outros locais. Os estudiosos têm comprovado, no entanto, que a maior parte das águas vem das árvores – sendo que cada uma delas elimina para atmosfera mais de 300 litros por dia.

“Os rios voadores podem conter o maior volume de água doce do mundo”, afirma o pesquisador Gerard Moss, que sobrevoa a região avaliando o fenômeno. Ele explica que a quantidade de vapor d’água transportada por esses rios voadores pode chegar a volumes maiores que a vazão de todos os rios do Centro-oeste e ser da mesma ordem de grandeza da vazão do rio Amazonas (200 mil metros cúbicos por segundo).

O vapor de água liberado pelas árvores, levado pelo vento para o restante do país, influencia a circulação de ar sobre o Atlântico e o Pacífico. Isso faz da Floresta Amazônica uma peça fundamental para o equilíbrio do clima no Brasil. Gerard Moss diz que o desmatamento da região já está diminuindo o volume de chuvas em vários locais do país, alterando a características das estações e prejudicando os meios de sobrevivência de muitos brasileiros.

Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que a diminuição da cobertura vegetal da floresta pode levar a uma maior freqüência do El Nino – fenômeno de aquecimento das águas do Pacífico que causa seca no Nordeste brasileiro e na própria Amazônia.

como a floresta afeta o regime dos ventos

1 – A radiação solar esquenta a floresta e funciona como um motor que provoca a circulação dos ventos.

2 – A Amazônia se comporta como se fosse uma grande chaleira. A evaporação das suas folhas que ocorre no dossel da floresta é maior do que a produzida pelo mar.

3 – A força dessa evaporação gera uma espécie de chaminé de vapor que suga o ar do oceano. Isso fortalece os ventos alísios, que trazem a umidade do mar para o continente. Esses ventos atravessam a Amazônia e então batem na Cordilheira dos Andes, defletindo para o resto do país.

4 – No verão, esses ventos carregados de umidade da Amazônia levam chuvas para as regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul. Se a floresta diminuir muito, a transpiração por conseqüência será menor. Teme-se que isso provoque uma alteração nos ventos, que deixariam de soprar do Atlântico para o continente, causando seca no país.

Ambientes Aquaticos




O nosso planeta possui uma grande variedade de ecossistemas. Entende-se por
"ecossistema" como sendo todas as relações dos organismos entre si e com seu meio
ambiente, ou como um conjunto de comunidades interagindo entre si e agindo sobre e/ou
sofrendo a ação de fatores abióticos. Assim, pode-se adotar uma separação entre os meios
aquáticos e terrestres, onde, desta forma, teríamos uma primeira distinção entre ecossistemas
aquáticos e terrestres. Por ecossistema aquático, entenderíamos todos os lagos naturais ou
artificiais (represas), rios, mares e oceanos. Já em relação aos ecossistemas terrestres,
florestas, desertos, tundras, pradarias, pastagens, entre outros, seriam exemplos. Entretanto,
um vaso, um aquário ou mesmo uma cidade, são exemplos de ecossistemas criados pela ação
humana (SÃO PAULO, 2006).
Entre os grandes impactos ambientais que ocorrem nas áreas litorâneas, destaca-se a
poluição provocada diretamente pela ação antropogênica, pela prática do turismo e depósito
de resíduos urbanos em locais inadequados. Outra atividade desenvolvida é a pesca
predatória, que contribui para o desequilíbrio dos ecossistemas costeiros e marinhos.
Diante deste quadro, a Educação Ambiental é uma opção para a sensibilização,
orientação e minimização dos problemas ambientais detectados. A implementação de um
programa de Educação Ambiental possibilita a aprendizagem e a construção de maneiras
alternativas de relação entre o ser humano e o meio ambiente de forma integrada e sustentável
(SEARA FILHO, 1987).
A biosfera é a porção da Terra onde existe naturalmente qualquer forma de vida, e ela pode ser dividida em três grandes biociclos: terrestre, dulcícola e marinho.
O biociclo é a divisão maior da biosfera, sendo formado por diversos ecossistemas. Os ecossistemas podem ser considerados como uma unidade natural formada por componentes vivos (organismos vegetais e animais) e não vivos (água, luminosidade, temperatura, umidade, salinidade etc.).
O biociclo terrestre refere-se a todos os ecossistemas de terra firme. O dulcícola ou limnociclo corresponde a todos os ecossistemas de água doce, e o marinho é o formado pelas ecossistemas de água salgada.
O Limnociclo refere-se às águas existentes nos continentes (rios, riachos, lagos e áreas alagáveis ou brejos). Estes ambientes também são denominados de águas continentais, e eles podem ser classificados em águas lóticas e lênticas.
Águas lóticas são as massas de águas correntes, como por exemplo os rios e os riachos.
Águas lênticas são as massas de águas estacionárias ou paradas, como por exemplo os lagos.
Referências:
breve comentário da introdução do site seguinte
informções:
visto em 26/11/2008 as 12:00